Monthly Archives: Setembro 2011
Soneto à Poesia
Soneto à Poesia
A vida se transfigura entre meus dedos
e então vira verso
o que antes eram apenas medos,
e grafo palavras soltas no universo.
As horas se despedem silenciosamente,
o sol recolhe sua saia alaranjada.
A poesia vai bailando em meio à gente
um tanto quanto acanhada.
E as estrelas vão pintando o céu
enquanto ponho nódoas no papel
e vai nascendo outro poema multicor.
Porque assim é a vida que almejo ter,
sentir a força da poesia e transcrever
os sentimentos pulsantes de amor.
© Por Lilly Araújo – Direitos Autorais Reservados.
#Classificada em 12°Lugar no V Concurso POESIARTE
Nada
Nada
A poesia não esta em minhas linhas
mal traçadas desse branco papel.
Está por toda parte,
na terra, na água e no céu.
A poesia não precisa dos meus versos
livres para existir. Ela existe assim,
em palavras não ditas, no silêncio
de um olhar apaixonado.
E percebo então, que não sou eu,
que escrevendo madrugada a dentro
crio a poesia que sempre existiu.
Ela não precisa de mim para ser.
Mas eu, que insisto em poetizar,
me vejo sendo nada se parar.
©Por Lilly Araújo-2011- Direitos Autorais Reservados.